De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, 225 cidades atingiram mais de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes; AFPESP mantém medidas preventivas em todas as suas unidades
Por Redação
O Governo de São Paulo anunciou, na última quarta-feira (19), situação de emergência de saúde pública em todo o território paulista devido epidemia de dengue. A Secretaria de Estado de Saúde divulgou que 225 cidades já atingiram mais de 300 casos por 100 mil habitantes. Apenas neste ano, mais de 124 mil casos e 113 mortes foram registrados. A emergência permite agilizar ações e liberar recursos adicionais, sem necessidade de licitação, para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença, e tratar os pacientes.
O período de chuvas aumenta o risco de proliferação do Aedes aegypti, que precisa de água parada, seja ela limpa ou não, para botar seus ovos. As altas temperaturas, que têm batido recordes nos últimos dias, aceleram a eclosão dos ovos. Por isso, as atuais condições climáticas têm contribuído para o aumento de casos de dengue.
Pesquisadores do AdaptaBrasil, plataforma do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, estimam que caso a temperatura média do planeta continue aumentando, em 2030, 50% dos municípios brasileiros passarão a apresentar risco alto ou muito alto de doenças causadas pelos vírus transmitidos pelo Aedes aegypti, o que inclui Zika e Chikungunya. Esses dados foram originalmente divulgados pela Agência Pública.
O que fazer diante desse cenário?
A prevenção continua sendo o método mais eficaz de combater a dengue. Veja abaixo as principais recomendações:
- Evite deixar qualquer reservatório de água parada sem proteção e/ou limpeza. Isso vale para caixas d'água e piscinas até pequenos objetos, como tampas de garrafa e pratos que ficam embaixo de vasos de planta. Uma opção é colocar areia no prato da planta. A água das jarras de flores deve ser trocada duas vezes por semana e, ao fazer isso, é necessário lavar com água e sabão o recipiente para eliminar os ovos do mosquito que podem se alojar nas paredes e no fundo. Pelo mesmo motivo, potes de água para pets também devem ser limpos, com água e sabão. Tem que esfregá-los;
- Pneus velhos devem ser furados e guardados com cobertura ou recolhidos pela limpeza pública. Garrafas pet vazias também devem ser entregues à limpeza pública;
- Baldes e outros objetos vazios devem ser colocados de boca para baixo. Assim, caso chova, eles não se tornam criadouros;
- Choveu? Verifique as áreas que podem ter acumulado água e seque-as bem.
- Use repelentes para prevenir a picada do mosquito e reaplique conforme o tempo de duração indicado pelo fabricante. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Anvisa recomendam que o repelente deve conter: Icaridina 20-25%, EET 10-15% ou IR3535.
- A vacinação contra a dengue foi ampliada. Com o decreto de situação de emergência, o Ministério da Saúde liberou doses próximas do vencimento para faixas etárias que não fazem parte do esquema prioritário de imunização. Para as vacinas que completarem um mês de validade, a estratégia poderá ser expandida até o limite etário especificado na bula da vacina, abrangendo a faixa etária de 4 a 59 anos, 11 meses e 29 dias de idade. Verifique a disponibilidade da vacina contra a dengue para a sua idade no posto de vacinação mais próximo. A capital de São Paulo continua com a vacinação apenas para quem tem de 10 a 14 anos, conforme diretrizes do Programa Nacional de Imunizações (PNI). O esquema vacinal contra a doença é composto por duas doses, que devem ser tomadas com um intervalo de 90 dias. Se você é responsável por crianças e adolescentes nessa faixa etária, mantenha a vacinação delas em dia. Basta procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS), de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, ou Assistência Médica Ambulatorial (AMA)/UBS Integradas, aos sábados, no mesmo horário.
Medidas preventivas nas unidades AFPESP
Na AFPESP, todos os ambientes seguem medidas de prevenção contra a dengue a fim de proporcionar segurança e bem-estar aos associados, visitantes, colaboradores, fornecedores e parceiros que circulam nos ambientes.
Dentre as principais medidas adotadas na Sede Social e anexos estão: inspeções regulares para eliminação de possíveis criadouros; limpeza e manutenção frequente de áreas externas e reservatórios de água; dedetização realizada por empresa especializada nos locais de risco, quando necessário; monitoramento de plantas e jardins e limpeza dos sistemas de ar-condicionado.
Já nas unidades regionais há um controle de benfeitorias e limpeza realizadas ao longo do ano, que engloba manutenções periódicas, como a limpeza de caixas d'água, calhas, caixas de reservatórios de águas pluviais e dedetizações. As piscinas são limpas diariamente e recebem aplicação de produtos químicos para evitar a proliferação do mosquito. Além disso, os funcionários recebem instruções para verificar objetos que possam acumular água, principalmente nas áreas abertas.
As unidades de lazer possuem nebulizadores que podem ser utilizados em situações como a atual, de aumento de incidência da doença no município. Além disso, rotineiramente, os funcionários cuidam para que as lixeiras estejam sempre tampadas; os vasos de plantas não acumulem água; os materiais que podem acumular água da chuva estejam em local reservado e coberto. Diariamente, os ralos internos e externos são limpos e todos possuem tela.
Outra frente de prevenção é a informação, disseminada pelos canais de comunicação da associação nas redes sociais e na própria Folha do Servidor.
Fontes: Governo Federal, G1, UOL.