Data marca o Março Azul-Escuro, mês de alerta à população brasileira sobre o terceiro tipo de câncer mais comum no país
Por Otávio Augusto Rodrigues
Neste 27 de março é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Câncer Colorretal, também conhecido como câncer de cólon e reto ou câncer de intestino. A data marca ainda o março Azul-Escuro, mês de conscientização e alerta para a população brasileira sobre a prevenção e o diagnóstico precoce da doença.
O câncer colorretal é o nome dado a qualquer tumor que se inicie na região do intestino grosso (cólon), reto (final do intestino) ou do ânus. Geralmente, surgem a partir do aumento de lesões benignas, denominadas pólipos, que, quando diagnosticadas, devem ser monitoradas de perto por um médico oncologista.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), este é o terceiro tipo mais comum da doença no planeta, com 1,8 milhão de casos ao ano. O mesmo ocorre no Brasil, onde, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), este também é o terceiro tipo de tumor mais recorrente, atrás apenas dos cânceres de mama e próstata.
O Inca estima ainda que, no país, 44 mil novos casos de câncer colorretal sejam diagnosticados em 2023. Em termos de mortalidade, em 2020 — último levantamento divulgado pelo instituto — ocorreram 20.245 óbitos em decorrência da doença, correspondendo a 9,56 mortes a cada 100 mil habitantes.
Março Azul-Escuro é dedicado à conscientização sobre o câncer colorretal, terceiro tipo mais frequente da doença no Brasil, ficando atrás apenas dos cânceres de mama e de próstata. Foto: iStock.
Associados a agentes comportamentais, os principais fatores de risco do diagnóstico de câncer colorretal são: sedentarismo, obesidade, consumo de álcool, tabaco e produtos industrializados, além de baixa ingestão de fibras, frutas, vegetais e carnes magras. Por essa razão, é importante adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e prática de atividades físicas.
Também é fundamental que a população esteja atenta aos sinais e sintomas, como dor abdominal, alteração no hábito intestinal, sangue nas fezes, emagrecimento inexplicável e anemia. Como em qualquer outro tipo de tumor, o diagnóstico precoce pode aumentar as chances de cura.
Exames de rotina também auxiliam para uma investigação rápida da doença. A partir dos 50 anos, é recomendado realizar colonoscopia frequentemente, ou ainda antes dessa idade, caso haja histórico do tumor na família. Outros exames, como tomografia computadorizada, podem complementar o diagnóstico precoce.