Dos 509 alunos entrevistados, quase 20% estão na soma das classes C, D e E
Por Redação
A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP apresenta em 2021 uma mudança no perfil dos estudantes. Dados apresentados no estudo DataFEA mostram que quatro anos após a introdução de cotas sociais para ingresso, é possível verificar o aumento na porcentagem de alunos das classes C, D e E e os que se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas.
De acordo com o professor do Departamento de Administração e presidente da Comissão de Graduação da FEA-SP, Andres Rodriguez Veloso, que coordenou o estudo, foram 509 participantes entrevistados do total de 590 ingressantes, sendo 20% da classe C, D e E, 50% da classe B e 34% da classe A, o que de acordo com Veloso ainda é um número desproporcional em comparação com a realidade de São Paulo, que está com cerca de 8% da população na classe A. Os alunos que se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas representam 24%, tendo ingressado pelo sistema de cotas raciais.
A partir desse levantamento iniciou-se uma série de campanhas dentro da unidade para incentivar os professores a solicitarem bolsas PEG e PUB para dar suporte e esses alunos. A necessidade tecnológica desses ingressantes também foi mapeada para distribuição de kits internet, assim os alunos da FEA poderiam iniciar as aulas on-line nesse período de isolamento social.
Fonte: Jornal da USP