A projeção leva em conta o período de 10 anos e foi elaborada pelo CLP a pedido do jornal Globo
Por Redação
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32/2020, que visa promover a reforma administrativa, poupou militares, parlamentares, procuradores e magistrados, os que têm os maiores salários. A pedido do jornal Globo, o Centro de Liderança Pública (CLP) levantou quanto poderia ser economizado em 10 anos se essas categorias fossem incluídas no texto da PEC 32/2020. Hoje, dia 8 de junho, o Globo divulgou que R$31,4 bilhões poderiam deixar de sair dos cofres públicos.
Quem mais pesa no montante são os militares, pois são os mais numerosos. Se a reforma administrativa proposta, pelo Governo Federal, considerasse aplicar aos militares regras semelhantes às projetada para os civis, o governo poderia reduzir R$ 17,3 bilhões em uma década.
O cálculo do CLP considerou a relação renda/hora efetiva e habitual, medindo o que se ganha em salário e benefícios, a reposição menor de servidores com base no aumento de horas efetivamente trabalhadas e os reajustes menores ao longo dos anos, decorrente de mudança nas carreiras. Em média, os quase 411,4 mil servidores em funções militares ou no judiciário ganham R$ 8.990 por mês e têm direito à progressão automática e gratificações por tempo de serviço, ou seja, ainda há normas que permitem o aumento de seus salários, uma injustiça com as demais categorias do serviço público e agravada pela proposta de reforma administrativa.
Contra a PEC 32/2020
A AFPESP lançou a petição “Diga NÃO à reforma administrativa (PEC 32/2020). Seja contra a destruição do funcionalismo” para pressionar os 513 deputados da Câmara a votarem contra a proposta. Mais de 50 mil assinaturas já foram registradas na plataforma Change.org, mas quanto mais expressivo for o número maior será a demostração de reprovação da reforma administrativa pela população.