Combate à hepatite D - Série Julho Amarelo (parte 4)
A hepatite D é causada pelo vírus HDV, também chamado de Delta, mas ela só se manifesta se o indivíduo também for infectado pelo vírus da hepatite B. Se houver coinfecção, ou seja, os vírus infectarem o indivíduo simultaneamente, é comum o quadro de hepatite aguda benigna e, neste caso, o indivíduo se recupera totalmente da doença, sem complicações. Já no caso de superinfecção, quando o HDV é contraído após a infecção do HBV, o risco de um grave dano hepático aumenta, podendo rapidamente desenvolver cirrose. Em ambos os casos, a hepatite D pode ser assintomática ou a pessoa infectada pode sentir cansaço, tontura, falta de apetite, ter náusea, vômitos, febre, pele e olhos amarelados (icterícia), urina escura e fezes claras.
A hepatite D, assim como a hepatite B, é uma infecção sexualmente transmissível (IST), portanto, pode ser transmitida por relações sexuais sem uso de preservativo com uma pessoa infectada. A transmissão ainda pode ocorrer da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação; pelo compartilhamento de objetos, como: seringas, agulhas, cachimbos, lâminas de barbear e depilar, escovas de dente e alicates de unha, pela confecção de tatuagem e pela colocação de piercing.
Prevenção
Não existe uma vacina específica para a hepatite D, porém a vacina contra a hepatite B é a medida de prevenção mais segura e eficaz contra a hepatite D, já que é necessária a presença do vírus HBV para que o vírus da hepatite D complete o seu ciclo de vida (replicação e transmissão).
As demais medidas de proteção contra a hepatite B são:
- Usar preservativo em todas as relações sexuais;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, etc);
- Na confecção de tatuagem, colocação de piercings e realização de acupuntura, checar se o ambiente é seguro e os materiais são descartáveis/esterilizados;
- Gestantes devem fazer o pré-natal e os exames para detectar as hepatites, a aids e a sífilis. Em caso positivo, seguir as recomendações médicas, inclusive sobre o tipo de parto e amamentação.