Estudo clínico do Instituto Butantan sobre a efetividade da vacina CoronaVac é inédito no mundo e pode embasar as estratégias de imunização em todo o planeta
Por Redação
Depois que toda a população adulta de Serrana, interior de São Paulo, recebeu a segunda dose da vacina CoronaVac, o Projeto S – que visa entender como a estratégia de oferecer a vacina adsorvida covid-19 (inativada) para a população adulta de uma cidade pode modificar a epidemia – registrou redução de 80% de casos sintomáticos de Covid-19, 86% de internações e 95% de mortes, se comparado ao início do projeto em fevereiro de 2021.
Com o apoio do Hospital Estadual de Serrana, da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto e da Prefeitura Municipal de Serrana, entre outras organizações, o Instituto Butantan vacinou até o dia 11 de abril 27.150 pessoas contra a Covid-19, ou seja, atingiu uma cobertura vacinal de 97,9% no município. Agora, o Projeto S começa a responder às perguntas: quanto tempo demora para chegarmos à imunidade que protegerá da doença a população de uma cidade? Qual é o impacto da vacinação em termos de redução de casos de Covid-19 e de casos de hospitalização e/ou morte? Quais respostas o monitoramento de reações indesejadas da vacina em uma população nos traz? Qual é a efetividade real da vacina no controle da pandemia no Brasil?
O estudo já mostrou que a vacinação protege tanto os adultos que receberam as duas doses do imunizante quanto as crianças e adolescentes com menos de 18 anos, que não foram vacinados. A vacinação também criou um “cinturão imunológico” em Serrana, ou seja, a transmissão do novo coronavírus dentro do município caiu drasticamente mesmo quando moradores transitaram em cidades vizinhas que registravam aumento de casos de Covid -19.