Fundação quer explicações da Claro, Oi, Tim e Vivo a respeito de segurança digital
Por Redação
Nesta quarta-feira (17), o Procon-SP notificou as operadoras de telefonia Claro, Oi, Tim e Vivo para fornecerem informações sobre o vazamento de dados de mais de 100 milhões de celulares no Brasil. As empresas têm 72 horas para responder.
A fundação quer confirmar se houve vazamento de dados pessoais das bases das empresas de telefonia. Em caso positivo, elas devem explicar os motivos do incidente, se há ações para conter novos casos e o que farão para reparar os danos.
O trabalho também incluiu a empresa de segurança digital Psafe, que confirmou o vazamento de quase 103 milhões de contas na web com informações dos usuários. A organização de cibersegurança declarou, em notícia veiculada no site da Forbes, que foi contatada por um hacker que se encontra fora do Brasil e está vendendo os dados vazados.
O Procon busca entender como a empresa foi informada da falha, de que forma o contato com o hacker foi feito, e o que a motivou a tornar o caso público. Detalhes sobre o tipo de informações vazadas e se elas circulam apenas na chamada "dark web", isto é, na área da web mais propícia a crimes virtuais.
O vazamento veio a público na semana passada.
LGPD
As teles também foram indagadas sobre suas bases de dados pessoais – finalidade e base legal para o tratamento de dados pessoais, política de descarte e armazenamento dos dados – e sobre quais medidas técnicas e organizacionais são adotadas para o cumprimento das determinações da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
A LGPD entrou em vigor em 18/9/2020 para disciplinar as regras sobre o tratamento e armazenamento de dados pessoais, restabelecer ao titular desses dados o controle de suas informações e proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade.
Fonte: Procon