Pesquisadores da Unicamp conduziram estudo no Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão da FAPESP
Por Redação
O artigo “Impact of gestational low-protein intake on embryonic kidney microRNA expression and in nephron progenitor cells of the male fetus”, publicado na revista PLOS ONE, por Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mostrou como dietas carentes em proteína durante a gravidez alteram o feto, aumentando a chance de os filhos apresentarem problemas renais; além de nascerem com peso baixo.
Em entrevista para a Agência Fapesp, uma das pesquisadoras, Patrícia Aline Boer, explicou: “Sabemos que uma dieta hipoproteica na gravidez tende a acarretar, na prole, uma redução de 28% do número de néfrons, que são as estruturas renais responsáveis pelo processo de filtração do sangue. Essa sobrecarga nos néfrons gera uma série de consequências: os filhotes já começam a ficar hipertensos com apenas dez semanas de vida, quando ainda são considerados jovens”.
A descoberta permite voltar os olhos para a raiz do problema: a nutrição das gestantes, já que, de acordo com os autores do estudo, a doença renal crônica é irreversível, progressiva e associada à hipertensão e complicações cardiovasculares.
Pesquisadores da Unicamp conduziram o estudo no Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades (OCRC), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).