Paulistas elegem Tarcísio de Freitas para governador a partir de 2023, enquanto brasileiros optam por Lula no Planalto; presidente da AFPESP lembra que o resultado das urnas é soberano
Por Leandro Silva
Neste domingo (30), data do segundo turno das Eleições Gerais 2022, o país conheceu o nome dos representantes eleitos pelo sistema majoritário. Em São Paulo, a população escolheu Tarcísio de Freitas (Republicanos) para governar o estado a partir de 1º de janeiro de 2023. Ele obteve 55,27% dos votos (13,4 milhões), contra 44,73% (10,9 milhões) do segundo colocado, Fernando Haddad (PT).
Após a confirmação do resultado, Freitas declarou à imprensa: “A partir de agora vamos olhar para frente, para os interesses do estado de São Paulo. Sou muito grato aos votos que conquistei e agora vamos fazer um governo para 46 milhões de paulistas. Vamos olhar sempre o interesse do estado de São Paulo”. Ele concluiu a fala sugerindo alinhamento e entendimento com o governo federal.
Nacionalmente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conquistou 50,9% dos votos (60,3 milhões) e foi eleito presidente da República. O atual mandatário Jair Messias Bolsonaro (PL) não conseguiu se reeleger; alcançou 49,10% do eleitorado (58,2 milhões). De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mais de 156 milhões de brasileiros estavam aptos a votar em 2022.
O presidente da AFPESP, Artur Marques, lembra que o resultado das urnas é soberano. “A lisura do processo eleitoral brasileiro é notória e reconhecida mundialmente. Nosso sistema de votação é absolutamente seguro, confiável e ratifica a pujança de nossa democracia. A vontade popular é inquestionável”, afirma.
Artur Marques ressalta ainda que o exercício da cidadania, por meio do voto, ocorre com liberdade e autonomia, momento em que a população pode escolher aqueles que irão governar em seu nome. “Não se pode desrespeitar a decisão legítima do eleitorado, que é um dos pontos de sustentação do Estado de Direito.”
No próximo ano, a AFPESP espera relacionamento propositivo com o Governo do Estado de São Paulo, assim como na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e outras esferas de poder, a fim de avançar em questões que podem melhorar a vida dos servidores públicos.
Repercussão do pleito
Ápice da democracia, a eleição deste domingo repercutiu imediatamente após a divulgação dos resultados, oficializados pela Justiça Eleitoral. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, conclamou Lula a reunificar o país para superar as dificuldades da nação, como a pobreza e o desemprego.
“É um balanço muito positivo do que foi esse processo eleitoral, mas ao mesmo tempo uma clara divisão da sociedade brasileira. O papel dos novos mandatários é seguramente o de buscarem reunificar o Brasil, dando um basta ao ódio, à intolerância, ao desrespeito e às divergências”, disse Pacheco.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, parabenizou Lula pela vitória e reafirmou a necessidade de diálogo. Ele destacou o compromisso da Casa com reformas e propostas que tornem o Brasil mais desenvolvido.
“A vontade da maioria jamais deverá ser contestada e seguiremos em frente na construção de um país soberano. Um Brasil no caminho das reformas, um estado mais eficiente. E esse recado foi dado e deverá ser levado a sério”, ponderou Lira.
O resultado das urnas também foi reconhecido por líderes mundiais. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, o premier da Espanha, Pedro Sánchez, o presidente do Chile, Gabriel Boric, entre outros políticos internacionais, enviaram mensagens ao Brasil, pelo Twitter.
Fontes: TSE, Agência Senado e Agência Câmara