Clínica de saúde mental parceira da AFPESP ajuda a identificar o jogador patológico
Por Estação Psi
A ludopatia é reconhecida como uma condição médica caracterizada pela compulsão de uma pessoa por jogos de azar, o que pode levar a graves consequências para o indivíduo: financeiras, sociais, físicas e emocionais. O vício em jogos de azar é classificado pelos CID-10-Z72.6 (mania de jogo e apostas) e CID-10-F63.0 (jogo patológico). Embora o jogo possa ser uma atividade divertida e socialmente aceitável quando praticada com moderação, a ludopatia ocorre quando o jogo se torna incontrolável e interfere na vida diária da pessoa, que se torna um jogador patológico.
Um jogador patológico é uma pessoa que tem uma dependência compulsiva e incontrolável de jogo. O apostador caracterizado como jogador patológico passa por processos químicos e emocionais que interferem no sistema de inibição comportamental (responsável pelas vias de neurotransmissão de noradrenalina, dopamina e serotonina). Com o desequilíbrio, a pessoa experimenta sensações que podem ser de felicidade, pertencimento, coragem e euforia, que são reforços positivos. Dessa forma, sua percepção da realidade é distorcida pelos reforços positivos e negativos. Os jogadores patológicos podem gastar grandes quantias de dinheiro e tempo com jogos de azar, como cassinos, máquinas caça-níqueis, jogos de cartas e apostas esportivas. Eles também podem recorrer a medidas desesperadas, como roubar ou vender bens, para obter dinheiro para jogar. Além disso, o jogador patológico pode apresentar sintomas de isolamento social e alienação da vida real, enquanto imerso numa realidade virtual.
As causas da ludopatia incluem fatores genéticos, biológicos, psicológicos e sociais. Por exemplo, algumas pessoas são geneticamente predispostas a desenvolver comportamentos de jogo compulsivo. Outros fatores incluem depressão, ansiedade, estresse, baixa autoestima e falta de controle sobre as emoções.
A ludopatia pode ter graves consequências financeiras e familiares para a pessoa que sofre com essa condição. O jogo compulsivo pode levar a endividamento, perda de bens, problemas de relacionamento e até mesmo divórcio. Além disso, a pessoa pode perder o emprego devido a faltas frequentes ou comprometer sua saúde física e mental.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que aproximadamente 1-2% da população adulta em todo o mundo seja afetada pela ludopatia. No entanto, é importante destacar que essa é uma estimativa conservadora (dependendo do estudo, pode variar de 0,3 a 6%), uma vez que muitas pessoas com ludopatia podem não procurar tratamento ou nem mesmo reconhecer que têm um problema.
O Ministério da Saúde estima que 1,5% da população brasileira sofre de algum transtorno relacionado ao vício em jogos de azar. Essa estimativa é baseada em estudos realizados em diversas regiões do país. Os dados do Ministério da Saúde também indicam que a maioria dos pacientes com ludopatia são homens, com idade entre 30 e 50 anos.
A clínica de saúde mental Estação Psi, parceira da AFPESP, esclarece diversos fatores relacionados ao transtorno, como relação com jogos e a internet, regulamentação de jogos de azar no Brasil e formas de tratamento.
Se você conhece alguém que está passando por uma condição de jogador patológico e que está sofrendo prejuízos na qualidade de vida devido ao hábito de jogar, ofereça ajuda, converse com ela sobre a necessidade de buscar auxílio profissional.
A Estação Psi oferece atendimento especializado em cuidados para a saúde mental e emocional, incluindo atendimento médico psiquiátrico e acompanhamento psicológico, em atendimentos presenciais, online e, dependendo da localização, em domicílio.
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