Neste mesmo mês ocorre a campanha Fevereiro Laranja, ação que visa conscientizar a população sobre leucemia e valorizar doação de medula óssea
Por Redação
Hoje, dia 4 de fevereiro, é celebrado o Dia Mundial do Câncer, uma iniciativa global idealizada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS). A data foi criada para incentivar ações globais de prevenção, controle e diagnóstico precoce da doença.
A importância da data também se dá pelos altos índices de mortalidade do câncer. Segundo último levantamento realizado pela OMS, cerca de 10 milhões de pessoas são vitimadas, por ano, em decorrência dos diferentes tipos de tumores malignos.
No Brasil, neste mesmo mês, também é realizada a campanha Fevereiro Laranja, ação que visa conscientizar a população sobre a leucemia, tipo de câncer que atinge os glóbulos brancos do sangue, e, geralmente, tem origem desconhecida.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 10 mil novos casos da doença são diagnosticados por ano no país, sendo o 10º tipo de câncer com maior incidência entre os homens e o 11º entre as mulheres.
Instituído em São Paulo pela Lei nº 17.207, de 12 de novembro de 2019, o Fevereiro Laranja também ressalta o valor da doação de medula óssea. O procedimento é de grande importância para realização de transplantes a pacientes com doenças graves no sangue, como leucemia, anemia e imunodeficiências.
Os órgãos de saúde apelam por mais doadores, uma vez que a cada cem mil pacientes, apenas um indivíduo tem medula compatível. As doações podem ser realizadas em hemocentros de todo o país, por pessoas que estejam saudáveis e tenham entre 18 a 55 anos. Saiba aqui como doar.
Como a leucemia afeta o organismo
A medula óssea desempenha papel fundamental no corpo humano, sendo responsável pela produção dos glóbulos brancos (células que agem na defesa do organismo contra doenças e infecções), glóbulos vermelhos (responsáveis pelo transporte de oxigênio para todo o corpo) e plaquetas sanguíneas.
Um paciente com leucemia sofre com mutações genéticas em sua medula óssea, o que faz com que ela produza células cancerosas ao invés de saudáveis. Os glóbulos doentes se proliferam rápida e descontroladamente, substituindo as células normais. Tal desequilíbrio compromete o sistema imunológico do indivíduo e o faz perder a função de defesa de seu organismo.
Atualmente, a literatura médica reconhece 12 tipos de leucemias, sendo as quatro principais: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia linfoide aguda (LLA), leucemia mieloide crônica (LMA) e leucemia linfoide crônica (LLC).
Alguns sintomas podem ser um alerta para o diagnóstico da doença. São eles:
- Anemia;
- Fraqueza;
- Cansaço;
- Sangramentos no nariz e gengivas;
- Manchas na pele;
- Inchaço nos gânglios;
- Febre;
- Sudorese noturna;
- Infecções;
- Dores nos ossos e articulações.
Diagnóstico e tratamento
Se houver suspeita da doença, o paciente deverá realizar exames e ser encaminhado a um médico hematologista. Caso seja confirmado o diagnóstico de leucemia, a pessoa será submetida a tratamentos quimioterápicos, e, em muitos casos, para assegurar que a leucemia não volte, deverá receber transplante de medula óssea.