Ex-participante do BBB se emociona ao saber que filho autista está em tratamento e deixa assunto em alta nas redes sociais; data instituída pela ONU visa sensibilizar e instruir a sociedade sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Por Redação
No último domingo (31), o país acompanhou a eliminação de Fernanda Bande no Big Brother Brasil 2024. Após sua saída, viralizou nas redes sociais um vídeo que mostra a ex-participante emocionada ao saber que seu filho Marcelo, diagnosticado no espectro autista, havia iniciado um tratamento de psicomotricidade enquanto ela estava confinada. (Confira o vídeo abaixo)
O tratamento que Marcelo está realizando é uma das ferramentas terapêuticas que ajudam a ampliar o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo-relacional de pacientes que sofrem com dificuldades de movimentação, hiperatividade, déficit de aprendizagem, entre outras condições comuns às pessoas autistas.
Fernanda, que sempre comentava querer “dar uma vida melhor aos filhos”, é uma das milhões de brasileiras que cuidam diariamente de pessoas identificadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). No mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 160 crianças são diagnosticadas com o distúrbio.
Para promover compreensão e incentivar inclusão e políticas públicas para pessoas com TEA na sociedade, no dia 2 de abril, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data ganha reforço durante todo o mês com a campanha Abril Azul, que também busca informar e promover ações que visam reduzir o preconceito e desinformação em relação a esse distúrbio.
O que é o autismo?
O TEA é uma condição neurológica que afeta a maneira como uma pessoa percebe o mundo e interage com os outros. É caracterizado por diferenças significativas no desenvolvimento da linguagem e comunicação, no comportamento social e na flexibilidade de pensamento. Em alguns casos, o TEA gera no indivíduo a necessidade de receber suporte para executar suas tarefas.
Diagnóstico
O autismo pode ser identificado em crianças logo nos primeiros meses de vida, no entanto, o diagnóstico profissional geralmente é realizado entre os 4 e 5 anos.
Tipos e sintomas
Existem diferentes tipos de autismo, variando em gravidade e sintomas. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) classifica o autismo em diferentes graus de suporte:
Grau 1 de suporte: indivíduos apresentam prejuízos leves e podem exercer atividades relacionadas ao trabalho, estudo e se relacionar socialmente com maior autonomia.
Grau 2 de suporte: pessoas neste nível têm menos independência e necessitam de algum tipo de auxílio nas funções cotidianas, como preparar refeições ou tomar banho.
Grau 3 de suporte: autistas neste grau precisam de acompanhamento especializado ao longo da vida, pois apresentam maiores dificuldades de independência e funcionamento.
Os sintomas do autismo podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem dificuldades na comunicação verbal e não verbal, dificuldade em compreender e expressar emoções, interesses restritos e comportamentos repetitivos.
Tratamento
O autismo é um transtorno crônico, mas existem tratamentos que auxiliam na melhora da qualidade de vida dos pacientes. A associação de diferentes terapias com um acompanhamento médico multidisciplinar traz melhora nas habilidades sociais, comunicativas, organizacionais e adaptativas.
O uso de medicamento é comumente adotado para tratar as condições associadas ao transtorno, como hiperatividade, falta de atenção, insônia, ansiedade, depressão, agressividades e comportamentos repetitivos.
Legislação e direitos
É importante destacar que, conforme a Lei nº 12.764 de 2012, pessoas autistas têm os mesmos direitos no sistema público de saúde que as pessoas com deficiência. Esta legislação garante acesso a diagnóstico precoce, tratamento adequado e acompanhamento especializado para garantir o bem-estar e a inclusão desses indivíduos na sociedade.