Dispositivo é imperceptível a olho nu e tem como um dos pontos positivos o baixo consumo de energia
Por Redação
Desenvolvido por cientistas do Instituto de Química (IQ) da Unesp, em Araraquara, o novo sensor é capaz de alertar sobre a presença de gases letais nos ambientes onde são instalados. Com espessura e tamanho cerca de mil vezes menores do que pode ser visto pelo olho humano, a tecnologia foi testada para identificar a presença do gás NO₂ (dióxido de nitrogênio), mas pode ser adaptada para detecção de NO (óxido de nitrogênio), ambos gerados a partir de atividades que envolvem altas temperaturas e pressão, como a queima de combustível por automóveis ou processos de indústrias químicas que eliminam esses gases pela chaminé, poluindo o meio ambiente.
O dispositivo poderia ser instalado em indústrias ou em centros urbanos por meio de parcerias com prefeituras, com o intuito de avaliar se as emissões estão dentro dos limites permitidos em localidades onde o trânsito é intenso.
Uma das vantagens apresentadas é o baixo consumo de energia, o que segundo o professor do IQ, Marcelo Ornaghi Orlandi, um dos autores do trabalho, seria um importante aliado para o futuro da humanidade em questão de sustentabilidade: “A crise energética é algo sério. Então, com sensores que consomem menos energia, estaríamos ajudando nesse sentido com uma ação sustentável. No nosso estudo mostramos que é possível construir sensores funcionais com um único nanomaterial, que certamente é o que a indústria do futuro disponibilizará ao mercado”, explicou o pesquisador ao Jornal da Unesp.
Fonte: Jornal da Unesp