Serão distribuídos cerca 210 mil metros cúbicos por dia na rede de gás canalizado do estado
Por Redação
A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) publicou neste ano a Deliberação nº 1549/24, que aprova o Termo de Utilização de Interconexão (TUI), celebrado entre a Comgás e a empresa Biometano Verde Paulínia S.A., holding formada pelas empresas Edge e Orizon.
Esse termo vai permitir a construção de infraestrutura de dutos, que será a maior produtora de biometano no país, conectando o aterro sanitário de Paulínia, um dos maiores do Brasil, à rede de gás da Comgás. O biometano produzido neste aterro será inserido na rede de distribuição da concessionária e comercializado por usuários livres e parcialmente livres de gás canalizado do estado de São Paulo.
Ao todo, serão distribuídos cerca 210 mil metros cúbicos por dia na rede de gás canalizado oriundo deste projeto. Isso mostra o enorme potencial de produção de biometano que o estado de São Paulo possui, tendo em vista que esse combustível pode ser originário de fontes do setor sucroenergético, de aterros de resíduos sólidos e de estações de tratamento de esgoto, sempre em sintonia com esforços de descarbonização.
Para o diretor-presidente da Arsesp, Thiago Mesquita Nunes, o biometano é uma alternativa estratégica para diversificar a matriz energética e promover a sustentabilidade ambiental tanto no estado de São Paulo como no Brasil.
“A partir do tratamento de resíduos sólidos em aterros sanitários e do esgoto em estações de tratamento, é possível produzir biometano, um combustível renovável e de baixo impacto ambiental. Esse processo não apenas contribui para a redução das emissões de carbono, como também fortalece a transição energética e impulsiona o desenvolvimento sustentável no estado de São Paulo”.
Entre as grandes vantagens do biometano estão a de ser um gás renovável, sustentável e intercambiável com o gás natural, ou seja, eles podem ser distribuídos de forma conjunta, na mesma rede de distribuição, sem causar impactos negativos aos usuários finais de gás canalizado.
A Arsesp regula o mercado livre de gás em São Paulo desde 2011 e o de biometano desde 2017, demonstrando os grandes benefícios sociais, ambientais e econômicos que o uso deste combustível traz para o estado.
Como resultado da atuação da agência no desenvolvimento do mercado livre de gás canalizado, já foram autorizadas 34 empresas comercializadoras de gás, além de dois autoprodutores e seis usuários livres. Neste segundo semestre, mais três usuários livres passaram a consumir biometano.
O mercado livre de gás tem sido fortemente impulsionado pela inserção do biometano na rede de distribuição. A recente aprovação da interconexão da planta Biometano Verde Paulínia, pela Arsesp, se soma à interconexão da Usina Costa Pinto - Raízen.
Juntas, essas duas interconexões contribuirão para a injeção de aproximadamente 280 mil metros cúbicos de biometano por dia na rede de gás canalizado do estado de São Paulo. Esse volume reforça o papel estratégico do biometano como uma fonte de energia limpa e renovável, além de fortalecer a sustentabilidade do mercado de gás em São Paulo.
Sobre a Arsesp
A Arsesp é uma autarquia sob regime especial, com autonomia administrativa e financeira, vinculada à Secretaria de Parcerias em Investimentos do Estado de São Paulo. Criada em 2007, a agência regula, fiscaliza e controla serviços públicos essenciais, como a distribuição de gás canalizado, o saneamento básico de titularidade estadual ou municipal (por convênio) e a fiscalização de energia elétrica, em parceria com a Aneel (agência federal) e parques estaduais. Além disso, a Arsesp está preparada para expandir sua atuação para outros serviços públicos que venham a ser delegados pelo Estado, reforçando seu papel estratégico na regulação de infraestrutura no estado de São Paulo.
Fonte: Diretoria de Gás Canalizado e Gerência de Comunicação Social/Arsesp