Ferramenta será utilizada em duas Unidades Básicas de Saúde de Indaiatuba
Por Redação
Pesquisadores do Centro Nacional de Ciência e Inovação em Saúde Mental (CISM), sediado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), desenvolveram um aplicativo para celular com o intuito de auxiliar no tratamento de depressão, ansiedade e insônia.
A ferramenta batizada de Conemo (controle emocional), criada com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), contribui para a redução dos sintomas e será utilizada em pacientes atendidos por duas unidades básicas de saúde (UBS) de Indaiatuba: Campo Bonito e João Pioli.
De acordo com os pesquisadores responsáveis pelo estudo utilizado na criação do app, a ideia é que as terapias não guiadas oferecidas no Conemo diminuam a sobrecarga nas unidades básicas de saúde, além de melhorar o acesso ao tratamento.
“A tecnologia alcança a muitos e nos ajuda a atingir de 70% a 80% das pessoas que estão nas comunidades em sofrimento e não chegam aos serviços de saúde para cuidar das questões de saúde mental”, afirmou a doutora Heloisa Garcia Claro Fernandes, docente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e corresponsável pelo Conemo, à Agência Fapesp.
Acesso ao aplicativo
Os pacientes atendidos nas UBS mencionadas, e que estejam interessados em participar do uso-piloto, devem se dirigir às unidades Campo Bonito ou João Poli para escanear o QR Code que dá acesso ao aplicativo, preencher um formulário on-line e os questionários para verificar se a pessoa está dentro dos parâmetros exigidos. Os que estiverem dentro da proposta poderão baixar o app no celular.
A ferramenta oferece uma intervenção de psicoterapia cognitivo-comportamental com jornadas de sessões e vídeos focados no tratamento dos sintomas de ansiedade, depressão e insônia, sugerindo atividades, dicas e estratégias para melhorar a saúde dos usuários.
Também serão coletados dados qualitativos por meio de entrevistas para compreender os pontos positivos e dificuldades da intervenção. Após três meses de uso, os pacientes responderão novamente o questionário para identificação das evoluções.
Fonte: Fapesp